Entre os dias 29/04 e 01/05, ocorreu, na cidade de San Antonio, TX, a edição de 2013 do NGWA Summit, um dos maiores eventos sobre águas subterrâneas do mundo.
A ECD esteve presente, desta vez não somente como espectadora, mas como uma das protagonistas, apresentando oralmente um trabalho.
A aprovação do trabalho já havia sido noticiada nesse blog e é motivo de muito orgulho para nós, pois mostra o reconhecimento da comunidade científica internacional do setor de águas subterrâneas à nossa atuação.
Pode-se ter uma ideia da qualidade e diversidade do evento pelo resumo das apresentações. O site impressiona, mas ao vivo, a grandiosidade fica mais evidente: eram 6 salas com eventos simultâneos, um grande salão de exibição de estandes, uma organização impecável, uma banca de livros técnicos invejável, um aplicativo próprio do evento e, o principal, dezenas de profissionais, estudantes e cientistas do mundo inteiro discutindo sobre o assunto, em suas diversas facetas.
A princípio, pensamos que o evento era totalmente voltado à hidrogeologia "geral" ou de "produção", mas sempre havia uma sessão voltada à investigação/remediação ou mesmo inovações em hidrogeologia de contaminação.
No 1o dia, pudemos ver desde trabalhos técnicos minuciosos até o panorama do tratamento de água e esgoto na Nigéria, tamanha a diversidade de assuntos importantes tratados, com destaque para as sessões "Beyond Phase II", que tratava de avaliações de risco, sempre calcadas em dados confiáveis obtidos em investigações de alta resolução, "Mass Flux and Mass Discharge" , tópico fundamental para quem trabalha com remediação, onde os trabalhos enfatizavam muito a questão da importância de se conhecer os detalhes hidrogeológicos para se elaborar um modelo conceitual adequado e esses detalhes são tão ou mais importantes que conhecer o composto químico de interesse e, certamente, devem ser estudados exaustivamente antes de qualquer projeto de remediação. Além desses, destacamos essa sessão, que contava com 2 trabalhos interessantíssimos sobre "Environmental Forensics", ou seja, litígios relacionados com áreas contaminadas, tema importantíssimo para eles. Desnecessário dizer que a qualidade da coleta de dados é fundamental.
No 2o dia, mais acostumados ao andamento do evento, pudemos ver que a público se dividia realmente em temas, pois a maioria das pessoas que vimos nas nossas sessões era a mesma, pois certamente trabalhavam com áreas contaminadas. Uma sessão de destaque foi essa, que tratava de Investigação e Remediação de hidrocarbonetos de petróleo, em particular essa apresentação, que falava da importância de estudar o fluxo antes de mais nada para elaborar um modelo conceitual adequado. No mesmo dia, havia uma sessão sobre "contaminantes emergentes" ou pouco estudados, ao mesmo tempo de uma que continuava a tratar de investigação/remediação de hidrocarbonetos.
Finalmente no 3o dia, pela manhã, ocorreu a nossa sessão, moderada por dois caras muito legais e prestativos da Arcadis/USA. Fizemos a nossa apresentação no horário programado, respondemos à perguntas da audiência e depois, nas conversas de corredor, conversamos mais com os profissionais que ficaram interessados na tecnologia que expusemos e sobre o funcionamento do mercado aqui no Brasil. Essa troca foi extremamente enriquecedora para nós.
Por fim, algo que nos encheu ainda mais de orgulho foram os comentários de uma profissional com mais de 37 anos de experiência em gerenciamento de áreas contaminadas nos EUA. Esses comentários podem ser vistos no site da empresa dela (aliás, muito interessante, ela dá consultoria para consultorias que trabalham com remediação ou faz auditoria em remediações que têm problemas) e especialmente no blog.
Se tivéssemos que escolher apenas 1 vantagem decorrente da nossa viagem, certamente seria esse texto da Barbara.
Para concluir, ressaltamos que a ECD está firme na busca pela excelência em seus serviços e pela melhora da qualidade dos serviços de investigação geoambiental de áreas contaminadas no Brasil. Estamos felizes em poder contribuir para isso e compartilhar as nossas descobertas.
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